Não gosto de lá estar. Não gosto!
A caixa prioritária, como diz o próprio nome, dá prioridade a grávidas, pessoas com crianças ao colo e a deficientes.
Só que muitas vezes dá problemas, principalmente em dias de muita confusão.

Porque nas filas, com os carrinhos das compras, os clientes, crianças e tudo e tudo nós não conseguimos ver se temos clientes grávidas a quem dar prioridade.
E depois quando chegam a vez de serem atendidas, reclamam, que deviam ter sido atendidas primeiro e que tinham o direito de passar à frente (não que não tenham razão, porque estão no direito delas).
Mas não custa nada chegar à nossa beira e dizer "Olhe menina, estou grávida, pode dar-me prioridade?" E nós, sim senhora, damos prioridade. Claro que informamos primeiro os clientes que estão à frente das senhoras grávidas, que a caixa é prioritária e têm que dar a vez. A maior parte dos clientes entendem e deixam passar, mas claro que há sempre aquele cliente que tem que ser do contra e faz um escândalo (não é sempre, mas ainda acontecem casos desses).
Muitas vezes as clientes grávidas nem querem passar à frente e esperam na fila, mesmo quando dizemos que têm prioridade.
E depois ainda há a situação ao contrário, que é, querermos dar prioridade a clientes que... não estão grávidas.
"Olhe desculpe, a senhora está grávida pode passar à frente." E diz a cliente:
"Não menina, eu não estou grávida." Ao fim disto, ficamos envergonhadíssimas e só queremos um buraquinho para nos enfiar. Pedimos desculpa à senhora pelo constrangimento, que não dava para ver bem, que parecia por causa do casaco e coisas do género.
E ainda temos aqueles clientes que pensam que nos fazem de parvas e pegam ao colo os filhos com 5, 6 anos e querem passar à frente só porque a caixa diz que têm prioridade. Têm prioridade sim, mas clientes com bebés/crianças DE colo, não é com uns miúdos que já correm por todo o lado e podem muito bem estar no chão.
Sinceramente acho que se houvesse um pouco mais de ética e civismo os clientes davam prioridade a grávidas em todas as caixas e não seria necessário haver uma específica.
Quem sabe isto um dia muda.